Se você curte rock dos anos 90, com certeza já ouviu falar de Chris Cornell. O vocalista nasceu em Seattle, em 1964, e logo se destacou pela voz potente e pelas letras intensas. Antes de virar ícone, ele estudou música, tocou em bandas de garagem e acabou formando o Soundgarden em 1984, junto com Kim Thayil e Hiro Yamamoto.
O Soundgarden foi um dos pilares do movimento grunge, junto com Nirvana e Pearl Jam. O primeiro álbum, Ultramega OK, chegou em 1988 com faixas como "Flower" que mostraram o potencial da banda. Mas foi em 1991, com Badmotorfinger, que o grupo ganhou reconhecimento nacional. Singles como "Outshined" e "Rusty Cage" estavam nas rádios e nas playlists das primeiras festas de rock alternativo.
O auge veio em 1994, quando o álbum Superunknown bateu recordes de vendas. "Black Hole Sun" virou hit mundial, e o clipe ainda é lembrado por sua imagem surreal. Cornell cantava com força, mas também mostrava vulnerabilidade nas baladas. O álbum rendeu Grammy e consolidou a banda como referência para gerações posteriores.
Depois de Down on the Upside (1996), a tensão entre os integrantes aumentou. Em 1997, o Soundgarden entrou em hiato e o vocalista decidiu seguir carreira solo. Seu primeiro EP, Carry On, trouxe versões acústicas de clássicos, mostrando que ele sabia se adaptar a diferentes estilos.
Em 2002, Cornell lançou Carry On como álbum solo, com músicas como "You Know My Name", tema de James Bond. A voz dele continuava tão marcante que conquistou fãs fora do grunge. Mas a grande surpresa veio em 2001, quando ele se juntou a Tim Commerford e Brad Wilk, ex-baterista do Rage Against the Machine, formando o Audioslave.
O Audioslave combinou a energia do rap‑metal com a melodia do vocal de Cornell. O primeiro disco, Audioslave, trouxe hits como "Cochise" e "Like a Stone", que ainda toca nas rádios de rock. O segundo álbum, Out of Exile, manteve o sucesso, mas a bandeira do grupo começou a carregar mais peso nas turnês.
Em 2007, o Audioslave se separou e Cornell voltou ao solo, lançando Carry On (2007) e Scream (2009). O último álbum mostrou uma faceta mais pop, com produção de Timbaland. Ainda assim, a identidade de Cornell – vocal rasgado e letras que falam de luta interior – permaneceu.
Infelizmente, a história terminou cedo. Em 2017, Chris Cornell foi encontrado sem vida em Detroit. A notícia chocou o mundo da música e fez milhares de fãs homenagearem o artista nas redes sociais, nos estádios e em programas de TV.
Hoje, seu legado ainda vive. Bandas como Foo Fighters, Queens of the Stone Age e até artistas de hip‑hop citam Cornell como influência. As playlists de rock ainda colocam "Black Hole Sun", "Like a Stone" e "Fell on Black Days" entre os mais ouvidos, provando que a música dele continua relevante.
Se você ainda não conhece a obra completa, vale a pena começar pelos álbuns Superunknown e Audioslave. Eles dão uma boa ideia do que fez de Chris Cornell um dos maiores nomes do rock. E se curtir, explore as faixas menos famosas – tem muita coisa boa que ainda não chegou ao mainstream.
Em 21 de julho de 2024, a viúva de Chris Cornell compartilhou um vídeo com uma versão de 'Fast Car', de Tracy Chapman. Este gesto emocional serve como uma homenagem ao vocalista do Soundgarden e destaca a reunião musical das lendas Chris Cornell e Tracy Chapman.
Mais