TV Globo lança ação interativa em Rio para descobrir quem matou Odete Roitman
out, 7 2025
Na manhã de terça‑feira, 7 de outubro de 2025, TV Globo transformou duas esquinas da Baixada Litorânea em verdadeiros tribunais de votação, enquanto fãs tentavam adivinhar quem matou Odete Roitman na recém‑exibida cena de assassinato da novela Vale TudoRio de Janeiro. O clima de mistério, já famoso desde a versão de 1988, ganhou nova camada digital: QR Codes, promotores fantasiados e uma votação ao vivo que prometia agitar o público até a grande revelação, marcada para 17 de outubro.
Contexto e nostalgia da trama original
A morte de Debora Bloch, que interpreta a poderosa Odete Roitman, virou referência cultural no Brasil. Na novela original, exibida entre 1988 e 1989, o crime ocorreu na véspera de Natal e, em menos de duas semanas, mais de três milhões de cartas chegaram às redações dos jornais, todas tentando identificar a assassina. A vencedora, Cassia Kis, revelou que a culpa era de Leila – uma personagem que, por engano, disparou contra a pessoa errada.
Para o remake, Manuela Dias, roteirista da nova Vale Tudo, decidiu multiplicar o suspense: foram gravados dez finais diferentes, envolvendo cinco suspeitos principais – Marco Aurélio, Celina, César, Maria de Fátima e Heleninha – e apenas a equipe criativa sabe quem realmente puxou o gatilho.
Ação promocional em tempo real
O ponto de partida foi a Central do Brasil, na Praça Cristiano Otoni, em frente ao Comando Militar do Leste, no centro da capital. De 07h00 às 12h00, promotores vestidos com roupas que lembravam os trajes da novela distribuíam flyers com QR Codes que direcionavam para a página de votação oficial. Simultaneamente, a Praça do Pacificador, em Duque de Caxias, recebeu a mesma dinâmica, criando uma sensação de competição entre as duas cidades.
“Queremos que o público sinta que está dentro da trama, que cada voto conta como se fosse uma pista”, explicou Manuela Dias em entrevista rápida. “O mistério é parte da identidade de Vale Tudo, e a interatividade nos ajuda a manter a conversa viva nas redes”.
A ação chegou inclusive nos noticiários da emissora: enquanto o telejornal matutino mostrava imagens dos promotores, o apresentador lembrava que o QR Code estava disponível também nos intervalos da novela, no site da Globo e nas Stories do Instagram.
Os suspeitos e os múltiplos desfechos
Os cinco candidatos a assassino foram apresentados ao público ao longo da semana que antecedeu a morte de Odete. Marco Aurélio – um empresário de postura fria – tem um motivo financeiro. Celina, a executiva recém‑promovida, poderia estar buscando vingança por um contrato perdido. César, ex‑amigo de infância, carrega um ressentimento antigo. Maria de Fátima, a amante secreta, teria interesse em impedir que Odete descobrisse seu caso. Por fim, Heleninha, a secretária ambiciosa, é apontada por alguns como a única com acesso direto ao hotel Copacabana Palace.
O detalhe curioso é que nas gravações dos dez finais, o assassinato sempre acontece na mesma suíte presidencial do Copacabana Palace, mas o ângulo da câmera, o som da arma e até a cor da iluminação mudam, sugerindo que cada versão pode ser a "real" até que a última cena seja ao ar.
Reação do público e das redes sociais
Nas primeiras horas após a transmissão da cena mortífera, o Twitter brasileiro bombeou com hashtags como #QuemMatouOdete e #ValeTudo2025. Mais de 850 mil interações foram registradas nas primeiras 24 horas, segundo levantamento interno da Globo. No Instagram, a página oficial da novela recebeu 120 mil comentários e 30 mil likes em um único post que mostrava a silhueta da vítima.
Os fluxos ao vivo da votação revelaram um padrão inesperado: enquanto em Rio de Janeiro a maioria dos votos (52 %) apontava para Marco Aurélio, em Duque de Caxias a escolha favorita foi Heleninha, com 48 % dos votos. Essa divergência alimentou ainda mais o debate, levando até mesmo figuras públicas – como o apresentador Faustão e a cantora Anitta – a opinar nos stories.
Além da votação, os fãs criaram teorias em grupos de Telegram e fóruns especializados, comparando cenas da versão original com pistas da nova produção. Um ponto recorrente é o uso de um relógio de bolso que aparece discretamente na mão de César em algumas cenas – detalhe que, segundo alguns internautas, pode ser a “chave” para desvendar o caso.
O que esperar do desfecho final
A grande revelação está agendada para a última transmissão da novela, no dia 17 de outubro de 2025. Até lá, a equipe de produção prometeu lançar mais pistas, inclusive um “making‑of” que mostrará bastidores das gravações dos finais alternativos. Manuela Dias garante que, independentemente de quem seja o assassino, a escolha será coerente com a construção dos personagens. "Não vamos decepcionar quem acompanhou tudo até aqui. Cada pista foi planejada para que, quando o mistério for resolvido, o público sinta que esteve ao nosso lado", afirmou.
Se a história de Odete Roitman se consolidar como o maior fenômeno de suspense da TV brasileira nos últimos anos, Vale Tudo tem potencial para ultrapassar até mesmo a marca de 30 % de audiência que a novela de 1988 alcançou em seu auge. O que está claro é que a combinação de nostalgia, interatividade digital e storytelling sofisticado fez desse caso um ponto de referência para futuras produções televisivas.
Perguntas Frequentes
Como a ação promocional foi realizada em Rio e Duque de Caxias?
A TV Globo instalou estandes nas áreas externas da Central do Brasil e da Praça do Pacificador entre 7h e 12h. Promotores distribuíram QR Codes que redirecionavam para a votação oficial, permitindo que o público escolhesse quem acreditava ser o assassino de Odete Roitman.
Quem são os principais suspeitos no remake de Vale Tudo?
Os cinco suspeitos são Marco Aurélio (empresário), Celina (executiva), César (antigo amigo), Maria de Fátima (amada) e Heleninha (secretária). Cada um tem motivos diferentes, e a série gravou dez finais alternativos envolvendo esses personagens.
Qual a diferença entre a versão original de 1988 e o remake de 2025?
Na original, o assassino foi revelado após 11 episódios e gerou mais de três milhões de cartas. No remake, a identidade será mantida em segredo até o último capítulo, com dez possíveis desfechos e votação interativa do público.
Quando será revelado o assassino de Odete Roitman?
A revelação oficial está prevista para o último episódio da novela, que será exibido em 17 de outubro de 2025, durante a transmissão das 22h da TV Globo.
Qual o impacto desse suspense na audiência da TV?
O mistério já alcançou picos de 30 % de audiência nas primeiras transmissões e movimentou mais de 850 mil interações nas redes sociais nas primeiras 24 horas, indicando que o formato está cativando tanto telespectadores tradicionais quanto o público digital.
Benjamin Ferreira
outubro 7, 2025 AT 22:23Essa estratégia da Globo tá demais, pura genialidade.
Marco Antonio Andrade
outubro 8, 2025 AT 20:36É incrível ver como a nostalgia pode ser remixada com tecnologia, né? A ação nas ruas trouxe aquele clima de novela dos anos 80, mas com QR codes que a gente escaneia no celular. O público ficou meio que participando do roteiro, como se fosse parte da trama. E ainda teve aquele toque de competição entre Rio e Duque, que deixou tudo mais divertido. No fim, a Globo mostrou que entende a linguagem da nova geração sem perder a essência da história.
Ryane Santos
outubro 9, 2025 AT 18:50O que a gente está testemunhando aqui é, primordialmente, uma reinscrição da teoria da participação ativa do espectador, onde o espectador deixa de ser mero receptor passivo e se transforma em coautor da narrativa; tal fenômeno não é novidade, mas a sua implementação tecnológica nos permite observar efeitos de retroalimentação em tempo real, algo que antes se restringia ao domínio da ficção. Ao analisar o desenho das dez versões alternativas, percebemos uma estrutura de escolha binária que converte a incerteza narrativa em métricas quantificáveis, transformando suspense em dado estatístico. A presença dos QR codes nas praças cria um ponto de convergência físico‑digital que, metodologicamente, pode ser estudado como um laboratório de comportamento de massa, especialmente quando consideramos a divisão de votos entre Marco Aurélio e Heleninha. Essa divisão geográfica não é aleatória; ela revela padrões socioculturais associados ao perfil econômico e à identificação com arquétipos de poder ou de submissão dentro da trama.
Além disso, a estratégia de inserir um relógio de bolso na mão de César demonstra um uso deliberado de “Easter eggs” que incentiva a comunidade de fãs a iniciar sessões de decodificação, ampliando o engajamento e gerando conteúdo gerado pelo usuário que, por sua vez, serve como propaganda orgânica.
Do ponto de vista da produção televisiva, a Globo está explorando um modelo híbrido que combina storytelling linear com elementos de gamificação, abrindo caminho para futuras experiências interativas que podem ser ainda mais imersivas, talvez incorporando realidade aumentada ou inteligência artificial para adaptar a narrativa ao perfil de cada votante.
Em termos de métricas, os 850 mil interações nas primeiras 24 horas representam um pico de participação que, comparado à era dos 3 milhões de cartas da versão original, pode ser interpretado como uma conversão mais eficiente de interesse em ação mensurável.
Portanto, não se trata apenas de nostalgia, mas de uma reconfiguração do contrato entre emissora e público, onde a revelação final, prevista para o dia 17 de outubro, será o ápice de um experimento social e de mídia simultaneamente.
Lucas da Silva Mota
outubro 10, 2025 AT 17:03Olha, eu acho que essa exagerada campanha acaba diminuindo a arte da novela. Quando tudo vira votação, perde‑se a surpresa genuína.
Ana Lavínia
outubro 11, 2025 AT 15:16Vejam, a Globo não está apenas pregando um show de marketing; está, efetivamente, construindo um laboratório social, inserindo QR‑codes, distribuindo flyers, criando um 🎭 clima de interatividade que transcende a tela!; porém, sem dúvida, essa estratégia tem nuances que merecem uma análise mais profunda...; afinal, quem diria que um assassinato ficcional poderia gerar mais dados que uma eleição real?
Marty Sauro
outubro 12, 2025 AT 13:30É, no fim das contas, a gente tem que dar crédito à Globo por tentar algo novo, mas não dá pra negar que às vezes parece que estão só tentando encher o bolso com hype.
Aline de Vries
outubro 13, 2025 AT 11:43concordo tbm, bora curtir a novela e deixar a farra das votações pra lá. kkk
Wellington silva
outubro 14, 2025 AT 09:56Do ponto de vista de produção, integrar múltiplos finais cria um cenário de branching narrative que pode ser modelado com algoritmos de decisão; essa complexidade acrescenta valor agregado ao conteúdo, ainda que o público médio não perceba o back‑end.
Jose Ángel Lima Zamora
outubro 15, 2025 AT 08:10Em termos de ética, vale refletir sobre o quanto é adequado transformar um elemento dramático-um assassinato-em ferramenta de engajamento comercial. A responsabilidade da emissora inclui ponderar sobre possíveis consequências psicológicas no público, sobretudo nos espectadores mais jovens, que podem internalizar o ato como algo trivializado ao participar de votações lúdicas.
Debora Sequino
outubro 16, 2025 AT 06:23Ah, claro, porque transformar drama em entretenimento interativo nunca poderia ser questionado...; vamos todos aplaudir a genialidade de transformar tristeza em votação!;
Verônica Barbosa
outubro 17, 2025 AT 04:36Interessante observar como a competição entre cidades acende o senso de identidade local.
Willian Yoshio
outubro 18, 2025 AT 02:50na minha opnião a globo fez um bom trabalho, mas talvez tenha sido muito pra cima.
Cinthya Lopes
outubro 19, 2025 AT 01:03Ah, a Glôbinha sempre nos surpreende: de 1988 a 2025, o drama ficou mais sofisticado, mas a mania de transformar tudo em marketing nunca sai de moda.