Se você já viu anúncios de carros, imóveis ou equipamentos eletrônicos sendo vendidos a preços muito abaixo do mercado, provavelmente estava falando de um leilão da Receita Federal. Esses leilões acontecem porque o órgão apreende bens de quem não paga impostos ou tem pendências judiciais e, depois de esgotar outras opções, coloca esses itens à venda.
O ponto de partida mais simples é o site oficial da Receita Federal. Lá há uma seção exclusiva para leilões com filtros por estado, categoria de bem e data. Também vale ficar de olho em portais de leilões reconhecidos, como o Leilões Online ou o Banco Central, que costumam divulgar lotes da Receita. Não esqueça de se inscrever nas newsletters desses sites; assim você recebe alertas de novos lotes que entram no ar.
O cadastro é grátis e rápido. Você cria um usuário, confirma o e‑mail e preenche alguns dados pessoais. Depois, precisa fazer um depósito de garantia, que costuma ser 5% do valor do lance mais alto ou um valor fixo definido no edital. Esse dinheiro fica bloqueado até o final do leilão; se você vencer, ele é usado como parte do pagamento, se não, volta para a sua conta.
Na hora de dar o lance, a maioria dos leilões funciona em tempo real, como um leilão de verdade. Você acompanha a tela, vê os lances dos concorrentes e decide se quer superar o último valor. É importante estipular um limite antes de entrar na disputa para não acabar pagando mais do que o bem realmente vale.
Depois de ganhar, a Receita Federal envia um documento de arremate. O pagamento costuma ter prazo de 5 a 7 dias úteis, via boleto ou transferência bancária. Quando o dinheiro cai, você recebe a nota fiscal e o termo de entrega, que serve como prova de propriedade.
Algumas dicas práticas: compare o preço de mercado do bem antes de lançar; verifique se o item tem dívidas ou ônus (como multas de trânsito ou impostos atrasados); e, se possível, visite o local onde o bem está armazenado. Muitos lotes têm fotos e descrições, mas nada substitui ver o objeto pessoalmente.
Outra estratégia é participar de leilões menos concorridos, como aqueles de equipamentos industriais ou móveis usados. Normalmente, esses têm menos interessados e aumentam suas chances de arrematar com boa margem de lucro.
Se a primeira experiência não for bem‑sucedida, não desanime. Cada leilão tem suas particularidades e, com prática, você aprende a ler melhor os editais, a perceber quais lances valem a pena e como ajustar a garantia. O importante é manter a disciplina financeira e sempre conferir se o bem está regularizado para evitar surpresas depois.
Em resumo, os leilões da Receita Federal são uma porta de entrada para quem quer adquirir bens com preço reduzido, seja para revenda ou uso próprio. Basta saber onde procurar, fazer um cadastro simples, entender as regras de garantia e manter a calma na hora do lance. Boa sorte e boas compras!
A Receita Federal realiza o seu último leilão de 2023, oferecendo produtos apreendidos e abandonados, com destaques para iPhones a partir de R$ 900. O evento ocorre em 3 de dezembro e está aberto a pessoas físicas e jurídicas. Além dos smartphones, há guitarras Gibson, diamantes e esmeraldas entre os 168 lotes disponíveis.
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