Se você ainda lembra da frase "Eu quero é dinheiro!" provavelmente já cruzou os caminhos de Odete Roitman. Ela não é só um nome de personagem; é um ponto de referência quando o assunto é vilã de novela. Nas ruas, no bar e até no escritório, a gente ainda fala dela como exemplo de ambição e manipulação. Mas quem realmente era Odete, como surgiu e por que continua tão presente?
Odete apareceu em "Vale Tudo", novela exibida pela TV Globo em 1988. Na época, o Brasil vivia um momento de transição econômica e política, e a trama trouxe um retrato cru da corrupção nos negócios. Odete, interpretada pela talentosa Beatriz Segall, era a matriarca fria, calculista e dona de um império que incluía empresas, propriedades e uma lista de inimigos. Seu jeito elegante escondia uma crueldade que deixava qualquer um no olho.
O roteiro foi escrito por Aguinaldo Silva e Gilberto Braga, que se inspiraram em casos reais de poderosos que usavam o nome da empresa como escudo para atos ilícitos. Odete refletia o medo de que o dinheiro fosse mais poderoso que a justiça. Cada decisão dela gerava dúvidas morais nos espectadores, que acabaram torcendo para que ela fosse desmascarada.
O momento mais lembrado de Odete é, sem dúvida, a sua morte. O suspense foi tão bem trabalhado que o Brasil inteiro ficou sem saber quem realmente matou a vilã. Quando o autor revelou que Leila, a mocinha da história, foi a responsável, o público explodiu. Essa cena entrou para o hall da história da TV e virou referência para todos os programas de suspense.
Além da morte, Odete deixou marcas como o visual clássico – ternos poderosos, salto alto e cabelo bem arrumado – que ainda inspiram estilos em novelas atuais. A frase "A vida é um jogo, e eu sei jogar" virou meme antes mesmo de existir a internet como conhecemos.
Por causa desse impacto, a personagem recebeu homenagens nos bastidores da Globo. Em eventos de aniversário da emissora, costumam fazer reencenações da cena da morte, lembrando a plateia de como a trama mudou a forma de fazer novela. Até hoje, roteiristas estudam "Vale Tudo" para entender como criar vilões que não são apenas maus, mas têm motivações claras e assustadoras.
Se você pensa que Odete Roitman morreu na TV, está enganado. Ela continua viva nas discussões sobre moral, poder e representatividade feminina na mídia. Em salas de aula de comunicação, seu personagem é usado como estudo de caso para analisar a construção de antagonismo.
Para quem quer saber mais, há entrevistas de Beatriz Segall contando os bastidores das gravações, detalhes sobre a maquiagem que criava a aura de autoridade e curiosidades como o fato de que o nome "Roitman" foi escolhido como uma homenagem a um produtor da Globo que queria um sobrenome forte.
Em resumo, Odete Roitman é mais do que uma vilã. Ela é um símbolo da urgência de questionar quem tem poder e de como a televisão pode influenciar a percepção da sociedade. Se ainda não assistiu "Vale Tudo", dá uma chance – você vai entender por que até hoje alguém ainda fala "Odete Roitman" como sinônimo de luxo, crueldade e suspense.
Odete Roitman revela que ainda tem um filho vivo, enquanto Leonardo pode ser doador de medula para salvar Afonso. Reviravoltas em Vale Tudo prometem grande suspense.
MaisA versão internacional da novela *Vale Tudo* traz uma surpresa ao público ao revelar um novo assassino de Odete Roitman. A trama foge do final clássico conhecido no Brasil, onde Leila foi a responsável pelo crime acidental. Este detalhe internacional, no entanto, permanece um mistério, já que poucas informações são divulgadas sobre essa adaptação distinta.
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