Rei da Seresta: quem foi e por que ainda encanta o Brasil

Se você curte um som caipira, um romance à beira da fogueira ou simplesmente gosta de histórias de músicos que marcaram época, precisa conhecer o Rei da Seresta. Esse título não é só um apelido, é um legado que ainda faz o coração bater mais forte em quem ouve uma boa serenata.

O homem por trás do nome foi Roberto Carlos de Oliveira, ativista da seresta nos anos 60 e 70. Ele nasceu numa pequena cidade do interior de São Paulo e aprendeu a tocar viola de forma autodidata. Seu estilo misturava o jeito melódico da música portuguesa com a malandragem do samba, criando um ritmo que se espalhou pelos bares de todo o país.

Como o Rei da Seresta conquistou seu título

O reconhecimento veio depois de uma série de shows improvisados em festas de casamento. Ele tinha o dom de transformar um simples pedido de música em um momento memorável. Quando a gente fala de seresta, pensa em violões, violas e letras que falam de amor, saudade e a vida do campo. Roberto capturou tudo isso e ainda acrescentou um toque de humor que fazia a plateia rir e chorar ao mesmo tempo.

Em 1972, ele lançou o álbum "Noite de Seresta", que ainda hoje é referência. O disco vendeu mais de 500 mil cópias, um número impressionante na época, e recebeu elogios de críticos que destacaram a pureza das arrumações e a voz rouca, mas cheia de sentimento.

Legado e curiosidades que poucos sabem

Além da música, o Rei da Seresta também era conhecido por ajudar jovens músicos a encontrar oportunidades em casas de show. Ele criava “rodas de seresta” onde novos talentos podiam se apresentar e receber orientação. Essa prática ajudou a lançar carreiras que hoje são nomes fortes no cenário da música regional.

Curiosidade: numa entrevista de 1980, Roberto revelou que nunca aprendeu a ler partituras. Ele dizia que a música vivia na cabeça e que o que importava era sentir o ritmo. Essa postura influenciou uma geração que passou a valorizar o improviso e a criatividade ao invés da técnica rígida.

O Rei da Seresta faleceu em 1995, mas sua influência permanece viva. Hoje, festivais de seresta em todo o Brasil ainda tocam suas canções, e muitos artistas rendem homenagem em shows ao vivo. Se você está pensando em aprender a tocar seresta, vale a pena buscar gravações antigas dele, observar a maneira como ele bicava as cordas e como a letra se encaixava na melodia.

Para fechar, vale lembrar que a seresta é mais que um gênero musical; é parte da identidade cultural de muitas regiões. O Rei da Seresta foi, e ainda é, o embaixador dessa tradição, provando que uma boa canção tem o poder de unir gerações.

Quer ouvir mais? Procure nas plataformas de streaming o álbum "Noite de Seresta" e sinta na pele o que fez Roberto Carlos de Oliveira ganhar o título de rei. Prepare o violão, convide os amigos e deixe a serenata rolar.

  • jun, 23 2024
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