Se você curte música com guitarra, bateria e letra que fala a nossa realidade, o rock brasileiro tem muito pra te oferecer. Desde os anos 60, quando os jovens começavam a tocar nas salas de estar, até os festivais gigantes de hoje, essa jornada envolve histórias de rebeldia, criatividade e muita paixão.
Todo mundo conhece o nome Rita Lee ou Legião Urbana, mas o rock começou antes, com o Juror e o São Paulo Sound que misturavam influência britânica com ritmos locais. Na década de 80, a explosão aconteceu: Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso, Titãs e Legião dominaram as rádios e deram voz a uma geração que buscava mudar o país.
Nos anos 90, o rock se diversificou. O almanaque de estilos trouxe Skank com seu reggae‑rock, O Rappa misturando reggae, rap e funk, e Charlie Brown Jr. que falava dos problemas da periferia de forma crua. Já o rock alternativo ganhou espaço com Los Hermanos e Fugazi (versão brasileira), mostrando que a cena podia ser mais introspectiva.
No século 21, a internet mudou tudo. Bandas como Emicida (na pegada rap‑rock), Scalene (metal progressivo) e Museu da Imagem e do Som (experimental) encontraram público nas plataformas digitais. Hoje, festivais como Rock in Rio e Planeta Atlântida trazem nomes internacionais ao lado de artistas locais, provando que o rock brasileiro ainda tem muita força.
Quer ouvir o som de trás‑para‑frente? Comece pelas playlists de serviços de streaming que separei: “Clássicos do Rock Brasileiro”, “Novos Sons do Brasil” e “Indie & Rock”. Essas listas já trazem desde os clássicos dos 80 até lançamentos de 2024.
Se prefere shows ao vivo, fique de olho nas agendas das casas de shows de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Vila Madalena, Bar Brahma e a Casa da Gávea costumam receber bandas emergentes. Além disso, o GloboPlay e o Spotify oferecem sessões de vídeos ao vivo, onde artistas tocam em studios intimistas.
Para quem gosta de descobrir novos talentos, as redes sociais ainda são o melhor caminho. Procure hashtags como #rockbrasileiro ou #brasilrock no Instagram e TikTok; muitos músicos postam clipes curtos, ensaios e até dicas de acordes.
E não se esqueça dos discos físicos. Vinil está de volta e várias gravadoras lançam edições limitadas de álbuns clássicos. Se você tem um toca‑vinil, vale a pena investir em cópias de Barão Vermelho – Maior Abuso ou Legião Urbana – Que País é Este. O som analógico dá um feeling diferente que combina com a vibe do rock.
Por fim, o rock brasileiro não é só música; é cultura. Assista a documentários sobre a cena, leia entrevistas nas revistas de música e participe de fóruns de discussão. Assim você entende o contexto social que move as letras e consegue apreciar cada riff com mais significado.
Então, se ainda não mergulhou de cabeça, escolha uma banda, dê o play e deixe o ritmo falar. O rock brasileiro está esperando por você, pronto para contar histórias, sacudir emoções e, principalmente, fazer você curtir muito.
Roger Moreira, baixista da banda Ultraje a Rigor, celebra seu 57º aniversário no hospital. Fundada em 1981, a banda é conhecida por seu estilo humorístico e satírico. Amigos, fãs e colegas músicos enviam votos de recuperação e destacam a influência duradoura do grupo no rock brasileiro.
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