VAR no futebol: entenda a tecnologia que mudou a arbitragem

Se você acha que o árbitro já tomou todas as decisões sozinho, o VAR chegou para mudar isso. O "Video Assistant Referee" é um conjunto de câmeras e profissionais que revisam lances decisivos em tempo real. O objetivo é reduzir erros claros e garantir mais justiça, mas a prática tem despertado debates acirrados entre torcedores, jogadores e técnicos.

Como funciona o VAR

Quando o árbitro principal sente que um lance pode estar errado – gol, pênalti, cartão vermelho ou confusão de identidade – ele aciona a caixa de som e pede revisão. A equipe do VAR, instalada em uma sala com monitores, analisa várias imagens em câmera lenta e decide se mantém a decisão ou recomenda mudança. Depois, o árbitro vai até o centro do campo, olha a tela de vídeo e sinaliza sua escolha.

O processo tem três pilares: clareza, rapidez e intervenção mínima. Apenas situações evidentes recebem revisão; lances duvidosos permanecem como foram julgados. Isso evita atrasos excessivos e mantém o fluxo do jogo. A tecnologia usa até 12 câmeras por estádio, o que significa que quase todo ângulo do campo pode ser revisitado em frações de segundo.

Impactos no campo e as principais polêmicas

Desde que o VAR entrou em cena, partidas importantes já foram decididas por ele. No último semestre, o Atlético-MG eliminou o Flamengo nos pênaltis da Copa do Brasil 2025, e o árbitro recorreu ao VAR para confirmar a validade da cobrança. Outro exemplo foi o duelo entre Brighton e Chelsea na FA Cup, onde o replay anulou um gol controverso e mudou o rumo do confronto.

Esses casos mostram como o VAR pode proteger o resultado, mas também alimentam críticas. Muitos torcedores reclamam da demora nas revisões, que podem quebrar a emoção do gol. Outros apontam que a interpretação ainda depende de humanos, gerando decisões diferentes em situações semelhantes. A polêmica sobre “decisões de mão” e “impedimento duvidoso” ainda está no ar, especialmente quando o VAR confirma ou revoga um pênalti crucial nos minutos finais.

Além das controvérsias, o VAR tem gerado mudanças táticas. Times agora treinam jogadas pensando que certos toques podem ser revistos, e jogadores ficam mais cautelosos dentro da área. Treinadores também utilizam o tempo de revisão para ajustar estratégias, aproveitando a pausa para reorganizar a defesa ou preparar um contra-ataque.

Se você acompanha o futebol brasileiro, já percebeu que o VAR não é apenas uma ferramenta, mas parte do espetáculo. Ele cria momentos de suspense – a famosa "pausa do VAR" – que deixam a torcida na ponta da cadeira. Ao mesmo tempo, levanta questões sobre a pureza do jogo e se a interferência tecnológica deve ter limites ainda mais rígidos.

Em resumo, o VAR chegou para ficar, mas ainda está em fase de ajuste. À medida que as federações aprimoram protocolos e os árbitros ganham experiência, a tecnologia deve se tornar mais fluida e menos controversa. Enquanto isso, continue acompanhando os jogos e observe como cada revisão pode virar o placar a favor ou contra o seu time favorito.

  • fev, 9 2025
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Dois Cartões Vermelhos e VAR: Milan Supera Empoli e Avança na Tabela

Milan venceu o Empoli por 2-0 em um jogo tenso da Serie A, marcado por cartões vermelhos e decisões polêmicas do VAR. Rafael Leão e Santiago Gimenez marcaram os gols, com assistências de Christian Pulisic. Tomori foi expulso por falta em Colombo, enquanto Marianucci recebeu vermelho direto por reação violenta. A vitória levou o Milan a 35 pontos, reforçando sua posição na tabela.

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