The Impossible: a história real que inspirou o filme de Tom Holland
set, 22 2025
Em 26 de dezembro de 2004, o mundo assistiu a um dos maiores desastres naturais da história recente: um tsunami provocado por um terremoto de magnitude 9,1 no Oceano Índico. As ondas gigantes varreram as costas de Indonésia, Sri Lanka, Tailândia e outras nações, cobrindo tudo em água em poucos minutos. Mais de 230 mil pessoas perderam a vida e milhões ficaram desabrigadas. Entre as vítimas, estava a família espanhola Belón, que, naquele então, desfrutava de umas férias em um resort de Khao Lak, na Tailândia.
A tragédia que mudou a vida de uma família
María Belón, seu marido Henry e seus três filhos foram pegos de surpresa quando a maré monstruosa invadiu o hotel onde estavam hospedados. No caos, Maria ficou gravemente ferida, Henry ficou separado dos filhos e os três jovens ficaram espalhados pela praia, lutando contra a correnteza. Lucas, o filho mais velho, ainda adolescente, precisou improvisar como adulto: carregou a mãe ferida nas costas e tentou mantê‑la viva enquanto não sabia se reencontraria o pai ou seus irmãos.
A história real, que foi contada por María em entrevistas e no seu livro, serviu de base para o diretor espanhol J.A. Bayona criar The Impossible. O roteiro buscou permanecer fiel aos fatos, desde a devastação dos hotéis até os momentos íntimos de reencontro e desespero. Para garantir autenticidade, a própria família Belón participou ativamente das filmagens, orientando atores e equipe sobre detalhes que só quem viveu o trauma poderia lembrar. Até os extras eram, em grande parte, sobreviventes que ainda carregavam as marcas da tragédia.
Do set às telonas: como Tom Holland começou
Um detalhe que poucos lembram é que o filme marcou a estreia cinematográfica de Tom Holland, então com 14 anos. Ele interpretou Lucas, o filho que assume a responsabilidade de salvar a mãe. Na época, Holland nem imaginava que aquele pequeno papel lhe abriria portas para se tornar o Spider‑Man mais amado da atualidade. O jovem ator entrou em cena sem experiência anterior, mas sua performance foi elogiada por transmitir a dor e a coragem de quem ainda era criança.
Curiosamente, os irmãos de Tom – Harry e Sam Holland – apareceram como figurantes, proporcionando à família Holland um vínculo ainda mais pessoal com a produção. As filmagens aconteceram em grande parte no próprio Khao Lak Orchid Beach Resort, local onde a família Belón estava hospedada quando a onda chegou. Esse cenário real acrescentou uma camada de veracidade que o público sentiu ao observar cenas de destruição e resgate.
O sucesso de The Impossible contou não só com a crítica, mas também com o reconhecimento dos próprios sobreviventes, que viram seu sofrimento transformado em arte que sensibiliza o mundo. A obra permanece como um lembrete potente de que, mesmo diante da natureza mais violenta, o instinto de proteger quem amamos pode emergir em qualquer idade – como demonstrou o primeiro filme de Tom Holland, em que um adolescente se tornou herói na vida real e na tela.
Ronaldo Pereira
setembro 23, 2025 AT 23:13que historia louca... eu vi o filme e fiquei em choque, nao acreditava que era real... tipo, como alguem sobrevive a isso? a cena da mae na agua com as pernas esmagadas... me deu arrepios.
Graciele Duarte
setembro 24, 2025 AT 05:23Eu chorei... de verdade... não consigo ver esse filme sem me lembrar da minha avó que morreu no tsunami... ela estava em Phuket... e eu não sabia até três dias depois... não tinha internet... e aí, quando descobri... foi pior do que qualquer filme...
Pablo de Carvalho
setembro 24, 2025 AT 08:22Claro, tudo muito emocionante... mas será que não é um pouco manipulador? O filme transforma um desastre humano em um drama de Hollywood com um garoto de 14 anos sendo o herói? E aí, o Tom Holland vira Spider-Man... e a família Belón vira produto de marketing... tá tudo muito bem organizado, né? Tão bonitinho... como se dor pudesse ser editada...
Leonardo Melo
setembro 24, 2025 AT 10:49isso aqui é o que o cinema tem de melhor... realidade pura... sem efeitos especiais, sem vilão, só um garoto tentando salvar a mãe... e o fato de ele ser o Tom Holland antes de ser o Spider-Man? isso é história viva, mano... ele cresceu diante das câmeras, e a gente cresceu junto...
Pedro Ferreira
setembro 25, 2025 AT 14:31É curioso como a família Belón participou das filmagens... isso dá uma dimensão de respeito rara no cinema. Muitos filmes usam tragédias como cenário, mas aqui, os verdadeiros sobreviventes estavam lá, orientando, corrigindo, ajudando... é como se o filme fosse um ato de memória coletiva, não só entretenimento.
Carolina Gandara
setembro 27, 2025 AT 01:15Essa história é linda... mas não é para ser romantizada. O que aconteceu foi um horror absoluto. E agora, o filme vira um clássico de cinema, e as pessoas assistem com pipoca... enquanto milhões ainda sofrem com desastres naturais causados por mudanças climáticas... e ninguém faz nada...
Zezinho souza
setembro 27, 2025 AT 05:37Eu assisti esse filme no ano passado, depois de perder um primo no acidente aéreo. Não sabia que ia me afetar tanto... mas a cena em que o garoto segura a mãe na correnteza... me lembrou de como a gente se agarra à vida, mesmo quando tudo desaba.
Valter Barbasio
setembro 27, 2025 AT 20:51Tom Holland era um garoto sem experiência... mas ele entrou no papel como se tivesse vivido o trauma... isso é talento puro... e o fato de os irmãos dele terem aparecido como figurantes? isso é uma coincidência tão bonita que parece roteiro...
amarildo gazov
setembro 29, 2025 AT 03:20É interessante como o filme foi rodado no próprio resort onde a família esteve. Isso não é coincidência. É uma escolha simbólica. Mas será que o resort não lucrou com isso? Eles transformaram o local de morte em um ponto turístico. Ainda tem placas de 'The Impossible - Filmed Here'. É ético? Ou só mais um exemplo de capitalismo que transforma dor em produto?
Alicia Melo
setembro 30, 2025 AT 19:01Todo mundo fala do Tom Holland, mas e a atriz que fez a mãe? Ela era espanhola, não era profissional, e mesmo assim entregou uma atuação que nem Oscar pode esquecer... e ninguém fala disso... é sempre o garoto, o herói... mas a mãe é quem segurou tudo, mesmo ferida...
thiago maeda
outubro 2, 2025 AT 10:36eu vi esse filme em 2012, no cinema da minha cidade, e quando saí, fiquei na porta por 20 minutos só olhando pro céu... como se a água pudesse voltar... e agora, 12 anos depois, vejo que o mundo esqueceu... mas a família Belón nunca esqueceu...
Juliana Takahashi
outubro 4, 2025 AT 03:16A verdadeira lição desse filme não está na coragem do garoto, mas na fragilidade da existência humana frente à natureza. Nós nos apegamos a narrativas de superação, mas esquecemos que o tsunami não escolheu vítimas - ele simplesmente existiu. E a humanidade, por sua vez, se esforça para dar sentido ao insensato. O cinema é um desses esforços - não para curar, mas para lembrar.
Francesca Silva
outubro 5, 2025 AT 21:23Eu não consigo ver o filme sem pensar no silêncio... o silêncio depois da onda... o silêncio entre os sobreviventes que não sabiam se os outros estavam vivos... o silêncio que o filme conseguiu manter, mesmo nos momentos mais intensos... é raro... e poderoso...
LEONARDO NASCIMENTO
outubro 6, 2025 AT 13:03Querem saber o que realmente assusta? Que esse filme foi feito por um diretor espanhol, com uma família espanhola, em um resort tailandês, estrelado por um garoto inglês, com o apoio de sobreviventes asiáticos, e todo o mundo o chama de 'história universal'... mas ninguém pergunta por que a imprensa mundial só se importou com essa família branca, rica, europeia... e esqueceu as 200 mil pessoas que morreram e não tinham nome, nem câmera, nem filme...
Daniel Gomes
outubro 7, 2025 AT 09:41Alguém já pensou que talvez o tsunami não foi natural? E se foi um teste de armas secretas? Ondas tão grandes, tão rápidas... e só atingiu certos países? E os EUA e a China não foram afetados... e o filme foi feito por uma produtora espanhola... será que não foi um esforço para desviar a atenção de algo maior? Por que a família Belón estava lá? Por acaso? Ou porque sabiam?...
Lima Caz
outubro 8, 2025 AT 11:12Essa história me lembra que mesmo no pior momento, o amor é o que nos mantém de pé. Não precisa de palavras. Só de um gesto. De uma mão segurando outra. De um filho carregando a mãe. Isso é mais poderoso que qualquer efeito especial.