TSE torna Luciano Hang, dono da Havan, e políticos inelegíveis por abuso de poder econômico em 2020
jun, 26 2025
Luciano Hang e políticos de Santa Rosa enfrentam punição inédita do TSE
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) surpreendeu o cenário político brasileiro em 27 de maio de 2025 ao decretar a inelegibilidade de Luciano Hang, dono da Havan, além do prefeito de Santa Rosa (RS), Anderson Mantei (PP), e do ex-prefeito Alcides Vicini (PP), até 2028. O motivo: abuso de poder econômico e político durante as eleições municipais de 2020. Essa decisão, assinada pelo ministro André Ramos Tavares, deixa claro que a Justiça Eleitoral está endurecendo o controle sobre a influência de empresários no processo eleitoral.
Tudo começou após as eleições de 2020 em Santa Rosa. O candidato do PT, Orlando Desconsi, perdeu o pleito por uma diferença de 3.417 votos para Mantei e decidiu acionar a Justiça alegando interferência indevida. O argumento central foi um evento realizado por Hang no local previsto para a futura loja da Havan, quatro dias antes do voto. Na ocasião, Hang não economizou palavras ao apoiar Mantei e atacar publicamente o PT, contando ainda com a presença do deputado federal Osmar Terra (PL-RS).
Para o TSE, ficou comprovado que Hang extrapolou o direito de manifestação. Eles destacaram que a estrutura empresarial da Havan foi utilizada de forma direcionada: houve uso de avião da companhia, instalações da loja e todo o aparato midiático do empresário para impulsionar Mantei e prejudicar adversários, especialmente o grupo de esquerda.
O impacto da decisão para políticos e empresários
O caso não parou só na esfera local. O tribunal avaliou que Mantei e Vicini colaboraram com a estratégia de Hang, se beneficiando da exposição promovida naquele evento. Osmar Terra, apesar de ter comparecido, saiu ileso da sentença e foi absolvido de qualquer acusação de envolvimento direto.
Entre juristas e políticos, essa decisão foi vista como uma resposta dura a práticas que costumam passar impunes. O destaque vai para a inédita punição a um grande empresário: nunca antes um dono de rede varejista tão relevante havia sido barrado por abuso do seu poder econômico em benefício eleitoral. Com isso, o TSE envia um sinal claro a outros empresários próximos da política: misturar a força financeira de um negócio privado com o jogo eleitoral pode custar caro.
Do outro lado, Luciano Hang reagiu dizendo que sua punição ameaça a liberdade de expressão. Para ele, apenas expôs sua opinião numa democracia. Mas o tribunal ressaltou que o problema, na verdade, não foi a fala em si, e sim a logística empresarial posta a serviço de uma candidatura – um recurso que a maioria dos candidatos não possui e que altera o equilíbrio entre concorrentes.
A decisão tem potencial para mudar a maneira como empresários se envolvem nos próximos pleitos. Afinal, além da inelegibilidade imediata, jogou luz sobre práticas que, por muito tempo, ficaram nas sombras. A partir de agora, eventos, festas ou qualquer manifestação que utilize bens e infraestrutura empresariais devem ficar sob lupa permanente da Justiça Eleitoral.
Pablo de Carvalho
junho 27, 2025 AT 16:06Se o poder econômico é crime, então o poder estatal é um direito humano.
Quem tá aqui defendendo a liberdade? Ninguém. Só quem perdeu a eleição e agora chora no tribunal.
Alicia Melo
junho 27, 2025 AT 20:23Se ele tivesse sido pego vendendo pão com desconto pro eleitor, todo mundo gritaria ‘corrupção’. Mas ele fez um evento? Isso é liberdade de expressão.
Eu não gosto dele, mas essa punição é um precedente perigoso. Quem vai controlar o que é ‘abuso’ daqui pra frente? Um juiz com uma régua?
Leonardo Melo
junho 29, 2025 AT 17:21Isso é justo. Porque o povo comum não tem isso.
Se o seu candidato só ganha porque você pagou pra ele aparecer na TV da sua loja, isso não é democracia. É monopólio.
E se você acha que é liberdade de expressão, então por que você não deixa o seu vizinho fazer o mesmo com o carro dele e um megafone? Porque ele não pode.
Então pare de fingir que isso é só sobre discurso. É sobre poder real. E o poder real não pode comprar voto. Ponto.
Valter Barbasio
junho 30, 2025 AT 06:35Essa decisão é um espetáculo. Um show de luzes pra distrair a população da verdadeira corrupção.
Hang é um bode expiatório. Um símbolo. Um nome fácil de apontar. Enquanto os verdadeiros corruptos seguem governando, rindo no fundo da sala.
Isso não é justiça. É teatro.
Zezinho souza
julho 1, 2025 AT 01:39É como se um time de futebol tivesse um estádio gigante, um treinador de elite, e todos os jogadores pagos, e o outro time só tinha um campo de terra e 11 garotos.
Não é justo. E a Justiça Eleitoral tá tentando corrigir isso. Mesmo que seja tarde.
thiago maeda
julho 1, 2025 AT 03:07o problema é que isso é só a ponta do iceberg.
quem ta falando sobre os bancos que financiaram campanhas? sobre as multinacionais que compram políticos?
não ta falando. ta só pegando o cara que é visivel. o que é fácil. o que é popular.
Carolina Gandara
julho 1, 2025 AT 11:06Luciano Hang não roubou nada. Ele não desviou verba pública. Ele não corrompeu. Ele só falou. E usou o que era seu.
Se isso é crime, então toda empresa que faz propaganda política é culpada. E toda ONG que apoia candidato também.
Quem está por trás disso? Quem quer silenciar quem tem sucesso? Quem tem medo de empreendedores?
Isso não é justiça. É vingança.
Juliana Takahashi
julho 2, 2025 AT 08:49É importante ressaltar que a liberdade de expressão não se confunde com o uso de infraestrutura privada para viabilizar candidaturas. O TSE não proibiu a opinião; proibiu a concentração de recursos que alteram o jogo político.
Essa é a diferença entre direito e poder. E a Justiça, nesse caso, optou por proteger o primeiro.
Francesca Silva
julho 2, 2025 AT 11:14Se eu tivesse uma loja, eu faria um evento? Talvez.
Se eu soubesse que poderia ser punido por isso? Talvez não.
É complicado. A gente quer liberdade, mas também quer justiça.
Se todo mundo fizer isso, a eleição vira um leilão.
Eu não gosto de pensar nisso. Mas acho que a Justiça fez o que podia.
Mateus Lopes
julho 2, 2025 AT 17:17Por anos, a gente viu empresários comprando eleições como se fossem produtos no supermercado.
E agora? Um deles foi parado.
Não é perfeito. Não é completo. Mas é um começo.
Se isso abrir caminho pra punir os que usam o Estado como máquina de campanha, então valeu cada minuto.
Democracia não é só votar. É ter chances reais. E o Hang tirou isso de quem não tinha nada.
Agora, o jogo tá mais limpo. E isso é bonito.
Letícia Lima
julho 4, 2025 AT 02:42Ele é o único que teve coragem de dizer a verdade.
Os outros? Ficam na sombra, com doações via fundo eleitoral, com contratos de publicidade que nunca existiram, com ONGs que são só máscaras.
Ele fez um evento. Um evento! E agora tá inelegível?
Se isso é crime, então todo empresário que paga um jantar pro prefeito tá na cadeia.
Essa é a justiça do século 21? Punir quem é honesto o suficiente pra não esconder?
Danilo Carvalho
julho 5, 2025 AT 20:39Se a gente for punir todo mundo que usou o poder econômico, a gente vai ter que prender o Silvio Santos, o Eike, o Jorge Paulo Lemann, e metade dos donos de jornal.
Isso não é justiça. É política. E política é sempre seletiva.
Camila Ferreira da Costa
julho 6, 2025 AT 15:05Empresário faz evento, fala de candidato, usa o espaço da loja, o avião da empresa... isso sempre aconteceu.
Na verdade, era até normal.
Se agora tá errado, ótimo. Mas por que só agora? Por que só ele?
Se a regra é nova, deveria ter sido anunciada antes.
Eu não sou a favor nem contra. Só acho que tá faltando consistência.
Iasmin Santos
julho 8, 2025 AT 06:07Hang só foi o primeiro que a justiça pegou
isso não é justiça é espetáculo
depois vão esquecer tudo
e continuar como antes
Ricardo Soares
julho 9, 2025 AT 10:03Um empresário sendo punido por usar seu próprio dinheiro pra apoiar alguém? Isso é o que democracia limpa parece!
Eu não gosto do Hang, mas respeito o fato de ele ter feito algo que quase ninguém ousa fazer: ser transparente.
Agora, o TSE tá dizendo: ‘não importa quem você é, se você altera o jogo, você paga’.
E isso? Isso é coragem. Isso é esperança. Isso é o Brasil que a gente quer. 🇧🇷
Marcos Roberto da Silva
julho 10, 2025 AT 16:02A utilização de infraestrutura empresarial - incluindo aeronaves, espaços comerciais e canais de comunicação corporativa - configura uma forma de financiamento não declarado, que viola o princípio da igualdade de condições entre candidatos.
Além disso, a ausência de contrapartida comercial clara (ou seja, a ausência de uma relação mercantil genuína) caracteriza uma operação de natureza política, e não publicitária, o que exige registro e limites legais.
Portanto, a decisão é tecnicamente sólida, embora politicamente sensível. Ainda assim, a jurisprudência brasileira tem evoluído no sentido de proteger o processo democrático contra distorções estruturais.
Essa é a nova fronteira da justiça eleitoral: não mais apenas combater a corrupção, mas prevenir a concentração de poder.
@pai.tri.fellipebarros Barros
julho 11, 2025 AT 08:45Hang é um herói. Um homem que construiu algo do zero. E agora é punido por ter coragem de falar o que pensa?
Isso não é justiça. É inveja.
Se você não tem uma loja, um avião, nem dinheiro, então fique quieto.
Porque o mundo não é feito pra você. É feito pra quem ousa.
E agora, quem vai correr atrás do sonho? Quem vai empreender se o Estado pune quem tem sucesso?
Isso é comunismo disfarçado de democracia.
marco antonio cutipa
julho 12, 2025 AT 05:34Trata-se, portanto, de um precedente axiológico: a igualdade formal não basta. É necessário a igualdade material.
Quando um agente econômico utiliza sua infraestrutura logística, sua capacidade de mídia e sua rede de distribuição como instrumentos de influência política, ele não exerce liberdade de expressão - ele exerce poder hegemônico.
Ao punir Hang, o TSE não está criminalizando o empreendedor. Está restaurando a legitimidade do sistema eleitoral como espaço de disputa plural.
Essa é a verdadeira revolução. E ela está apenas começando.